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LA DIVINA ENCRENCA: JUÓ BANANÉRE E A PARÓDIA PRÉ-MODERNISTA
Valdemar Valente Junior
Este texto tem por objetivo desenvolver uma análise acerca da criação poética pré-modernista a partir da obra de Juó Bananére, pseudônimo de Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, autor de La divina encrenca. Podemos afirmar que sua poesia concorre para trazer à luz o que se chamou de dialeto macarrônico, em vista da presença maciça de imigrantes italianos em São Paulo. Por conta da importação de mão de obra excedente da Europa, a chegada à cidade desse contingente determina o estreitamento de relações de trabalho e afetividade que interferem como elemento criador de um viés específico da fala ítalo-brasileira. Esse elemento de cultura, por sua vez, acaba por expandir-se como exemplo que se consigna na poesia que Juó Bananére desenvolve a partir de um estilo que se mostra inigualável.