Foto: Agência Brasil/Tânia Rêgo

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CORPOS À DERIVA OU O NAUFRÁGIO DA ALTERIDADE EM ILHADO, DE RINALDO DE FERNANDES

 

Frederico de Lima Silva

 

– O presente artigo tem por objetivo ana-lisar as configurações da violência con-temporânea presentes na segunda parte do conto Ilhado, do escritor Rinaldo de Fer-nandes, com a finalidade de demonstrar como a referida passagem apresenta códi-gos que metaforizam claramente a condi-ção atual do processo civilizatório, marca-do pela falência dos princípios instituido-res da sociedade e, por sua vez, tendo o desrespeito à alteridade alheia como um de seus principais sintomas. Para tanto, utilizaremos os postulados psicanalíticos freudianos acerca do conflito pulsional inerente ao ser humano social e que com-põe, segundo sua teoria, as bases do mal-estar na cultura, assim como os pressupos-tos teóricos da liquidez da vida e das rela-ções que alicerçam, segundo os estudos baumanianos, o mal-estar da pós-modernidade. 

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