Apresentação

 

 

Prezados amigos!

 

Infelizmente, teremos mais um ano muito difícil, principalmente no campo cultural e educacional, no entanto temos a grata alegria de estarmos aqui mais uma vez, apresentando nossa Lumen et Virtus que chega a seu volume XIII! Treze anos ininterruptos trazendo informações e artigos de diversos pesquisadores do Brasil e do exterior que trabalham, de maneira especial, com a questão da imagem e da cultura!

Neste número, Jack Brandão e Aryana de Sousa abordarão a questão da leitura, como práxis interdisciplinar; buscam, assim, a partir de teóricos de diversas áreas, como Panofsky, Barthes, Berger e Freire, compreender que o conceito de leitura não pode se restringir ao campo do letramento, mas a diversas linguagens, como a imagética. Além disso, demonstram que, para se lerem as imagens, inseridas além do campo gráfico, pictográfico e logótico, diferentes áreas do conhecimento devem ser empregadas, gerando uma ação interdisciplinar.

Já Christiane Meier, ao abordar o sentido do políptico Curas de Jesus de autoria de Cláudio Pastro, demonstra como o artista resgata a tradição cristã de acolher os enfermos, bem como a importância da iconografia em transmitir exemplos de fé.

Wilma Steagall de Tommaso, por sua vez, busca apresentar a história, a tradição e a beleza do ícone, como imagem litúrgica, simbólica e antinaturalista, já que é uma janela para o invisível que revela, ao fiel, o mundo espiritual. Após o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), o ícone também passa a inspirar artistas sacros contemporâneos, de modo especial os da Igreja Ocidental.

No campo da dramaturgia, Valdemar Valente Júnior tem por objetivo a detecção de elementos transgressores no teatro de Qorpo-Santo, tendo em conta o descompasso de suas comédias ambientadas à província em relação ao teatro burguês que se efetivava no Rio de Janeiro.

Carlos Plácido e Rebeca Mendes Pereira partem para o campo do cinema, de modo especial o do curta-metragem Hair Love, animação estadunidense criada e, primeiramente, divulgada em 2019, cuja trama gira em torno das relações emocionais de um pai e sua filha. Assim, os pesquisadores têm por objetivo desvelar as diferentes camadas de violência que moldam a narrativa do curta, bem como identificar como o cineasta Cherry consegue representar a positivamente do cabelo afro, por meio da análise da narrativa cinematográfica.

Para encerrar, temos a jornalista Mariana Mascarenhas que entrevista o fotógrafo brasileiro André François. Este lançará, brevemente, o livro Ubuntu, que reunirá imagens de suas experiências vividas em 15 países durante mais de 13 anos. François foi premiado por diversas organizações como ONU, OMS e Prêmio Empreendedor Social, devido a suas iniciativas positivas de colaboração nas áreas da educação, saúde e meio ambiente.

 

Ótima leitura  e saudações acadêmicas!

 

Prof. Dr. Jack Brandão

Editor