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OLHARES SOBRE O INSÓLITO NA OBRA RUMPESLTILTSKIN DOS IRMÃOS GRIMM

 

Patrícia Pinheiro Menegon

David Marques Serra

 

As versões dos contos de fadas que temos hoje datam do século XIX e são as responsáveis pela dita invenção da infância que temos hoje. Estes foram permeados pela criação de uma psicologia infantil que daria origem a psicanálise. Este trabalho tem como objeto de estudo o conto ​Rumpelstiltskin dos Irmãos Grimm, buscando demonstrar a presença de influências mitológicas no processo de criação da obra​ ​analisá-la à luz das relações de poder e pontuar, ao decorrer do texto, a ideia de infância trazida por alguns autores. Verifica-se a permissividade que o gênero fantástico dá à construção e adoção de elementos mitológicos e de que forma isso está presente no conto. Analisa-se também como a utilização da chantagem em determinadas situações de contato social afeta diretamente o equilíbrio de poder estabelecido entre indivíduos. E, por fim, valemo-nos de autores da área da psicanálise e da educação infantil para discorrer sobre a construção da ideia de infância e de sua relação com as obras dos autores europeus. Utilizaremos como embasamento teórico os estudos sobre relações de poder de Foucault (1979), a teoria dos contos de fadas de Tolkien (2013), o insólito de Todorov (1992) e os estudos na área da psicanálise de Diana e Mario Corso (2006), entre outros autores.

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