artigo

 

O INTÉRPRETE MULTICULTURAL E A FILOSOFIA DA DIFERENÇA: PRESSUPOSTOS ONTOLÓGICOS

 

Camila Thaisa Alves Bona

José Marcelo Freitas de Luna

Juliano Bona

 

Muitos autores e estudiosos contemporâneos se dedicam a estudar o fenômeno da tradução nas relações interculturais. Relações que muitas vezes são caóticas, fato que exige um trabalho de tradução minucioso que leva em consideração a percepção das ausências no ato de traduzir. As ausências se revelam nos pensamentos que o tradutor efetiva na tradução. Desta forma, o objetivo geral do artigo é relacionar a teoria da tradução cultural de Santos (2002) com a filosofia da diferença de Deleuze (2000). Acreditamos que esta aproximação contribuirá para a sofisticação do ato de interpretar diferentes culturas. Sofisticação, pois inclui a percepção da diferença em nível de pensamento. É a observação do observador que traduz. Para atingir o objetivo geral, temos três objetivos específicos, a saber: identificar a percepção de pluralidade cultural, Bauman (2002) e Bauman (2010); apontar a teoria da tradução, Santos (2002); descrever a filosofia da diferença em nível de pensamento, Deleuze (2000), Adorno e Horkheimer (2006) e Arendt (2008). Trata-se de um texto ensaístico. É possível observar que a filosofia da diferença contribui no trabalho de tradução justamente na percepção das ausências indicadas por Santos (2002). É na lógica dos sentidos e na teoria do pensamento sem imagens que as ausências se revelam no trabalho de tradução.    

em PDF