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OS CAMELÔS DA FEIRINHA DA MADRUGADA NA CIDADE DE SÃO PAULO: UMA ABORDAGEM ANCORADA NA MULTIPLICIDADE SOCIAL

 

Rosineia Oliveira dos Santos

 

Este artigo foi desenvolvido por meio de pesquisa de campo, que envolveram Camelôs da cidade de São Paulo, especificamente na região do Brás, local conhecido popularmente como Shopping Popular da Madrugada. Nosso objetivo foi verificar se o mercado informal é um fator fundamental para mudança de comportamento desse camelô, analisando se este utiliza estratégias para aumentar suas vendas em um ambiente tão competitivo. Pesquisamos se os trabalhadores informais possuem algum nível de ensino e se isto influência no seu desempenho. Em entrevistas com os camelôs, elaboramos um questionário em que há perguntas sobre o seu roteiro diário de sobrevivência neste mercado de grande concorrência e a relação entre brasileiros e imigrantes que compartilham saberes em uma feira com grande multiculturalismo. Com os dados coletados, pudemos constatar que mesmo sem ter conhecimento acadêmico da forma como vender seus produtos, eles comerciantes informais sabem que precisam criar laços e que em um ambiente tão competitivo, como é o mercado informal na cidade de São Paulo, criam vínculos simbólicos que marcam sua representatividade na cidade e com isso se reconhecem como sujeito da ação. Chegamos à conclusão que este trabalhador informal, conhecido popularmente, como camelô, consegue sobressair perante os outros comerciantes, não somente pela forma com que trabalha com seu produto, mas por conseguirem preços bem abaixo do mercado, com isso vendem suas mercadorias e trazem sustento para suas famílias e seus dependentes.    

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