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AYANDA, DE VÉRONIQUE TADJO: UMA NARRATIVA MARFINENSE PARA UMA FORMAÇÃO INTERCULTURAL NO ENSINO DE FRANCÊS PARA CRIANÇAS

 

Jéssica Rodrigues Florêncio

Josilene Pinheiro-Mariz

 

O trabalho do professor de línguas estrangeiras é uma constante busca por caminhos que conduzam à formação do aprendiz, sobretudo, quando se trata do ensino infantil. Por esse prisma, este artigo intenta ressaltar a importância da literatura africana na formação infantil, pelas vias do ensino/aprendizagem da língua francesa em contexto exolingue. Partimos da perspectiva de Vanthier (2009), para quem a literatura pode ser um instrumento na propiciação tanto do desenvolvimento linguístico, quanto do cultural; outro suporte basilar para as nossas reflexões é a Lei Federal Brasileira 10. 639/03 que torna obrigatório o ensino da cultura africana no Ensino Básico. Assim, lançamos nosso olhar para a literatura francófona infanto-juvenil africana, com o intuito de trazer considerações sobre a importância dessa produção literária. Tais ponderações partem de uma narrativa da premiada escritora marfinense Véronique Tadjo e desenvolvemos as nossas discussões com o olhar centrado nos estudos de Allouache (2013), Pinheiro-Mariz e Blondeau (2012), Chelebourg e Marcoin (2007), dentre outros. Esta pesquisa é qualitativa e bibliográfica e os seus resultados apontam para uma real possibilidade de se identificar o diálogo entre ficção e realidade a partir da obra em estudo.